A crise financeira traz novos desafios ao Brasil e consequentemente a todas as empresas. Para enfrentar a recessão e a redução de faturamento, o Governo e as próprias empresas terão que fazer ajustes e repensar alguns modelos adotados.
O Governo terá que repensar a forma de condução da política econômica. Precisa urgentemente se comprometer em reduzir a carga tributária, controlar os gastos públicos e principalmente reduzir as taxas de juros. Sendo que o principal efeito que a redução dos juros tem sobre a economia, é permitir investimentos que seriam inviáveis quando as taxas estão mais elevadas.
A redução da carga tributária é fundamental, para que as empresas saiam da estagnação em tempo de crise e voltem a crescer em um ritmo elevado. Podemos tirar como lição, que na maioria dos países onde houve diminuição da carga tributária, a base de arrecadação do governo aumentou.
As empresas precisam também fazer a sua parte, com um bom planejamento tributário para reduzir seus custos e fazer caixa diante da redução no crédito. Também é necessário gerenciar melhor, cortar excessos, ter mais rigor nos controles de custos fixos, como estoque e contas a pagar e a receber.
Em tempos de crise, a Contabilidade pode se tornar uma arma estratégica e dar à empresa um diferencial competitivo. Fazendo análises e cálculo correto é possível detectar espaço para redução de custos e adequação de seus preços ao mercado.
Muitas empresas já descobriram as vantagens da contabilidade estratégica. Isso porque, em períodos recessivos, o preço é quase o único determinante da compra para o consumidor.
As empresas têm que começar a entender que a contabilidade é um instrumento essencial para a tomada de decisões.
Por fim é bom destacar, que a contabilidade há muito tempo vinha alertando que os Bancos e outras organizações do sistema financeiro mundial, vinham apresentando indicadores preocupantes. Da mesma forma, para consertar os estragos, evitar demitir e, por que não, pensar em crescer, as empresas precisam fazer a leitura de todas as suas informações, rever o foco e traçar novas estratégias, confiar e valorizar mais a Contabilidade como instrumento de gestão e planejamento.
*Matéria publicada em diversos jornais.
quarta-feira, 18 de março de 2009
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